A Polícia Civil identificou oito vítimas da tragédia em Capitólio, cidade turística de Minas Gerais, onde uma rocha se desprendeu de um paredão e caiu sobre lanchas com turistas, deixando dez mortos e mais de 30 feridos. Todas as vítimas eram de Minas ou de São Paulo. Das vítimas identificadas pela polícia, três já foram liberadas para os familiares. As informações são das jornalistas Anaís Motta e Thaís Augusto, do Portal UOL, em São Paulo.
As vítimas confirmadas são:
- Júlio Borges Antunes, 68 anos, natural de Alpinópolis (MG);
- Camila Silva Machado, 18 anos, de Paulínia (SP);
- Maycon Douglas de Osti, 24 anos, de Campinas (SP);
- Sebastião Teixeira da Silva, 64, de Anhumas (SP);
- Marlene Augusta Teixeira da Silva, 57, de Itaú de Minas (MG).
Outras cinco ainda estão no IML (Instituto Médico Legal) de Passos (MG):
- Geovany Teixeira da Silva, 37, Itaú de Minas (MG);
- Geovany Gabriel Oliveira da Silva, 14, Alfenas (MG); e
- Thiago Teixeira da Silva Nascimento, 35, Passos (MG).
Júlio Borges Antunes foi a primeira vítima a ter a identidade divulgada pela polícia, ainda pela manhã. Ele estava na lancha diretamente atingida pela rocha.
Todos os dez mortos estavam na lancha de nome “Jesus”. Segundo a polícia, os turistas estavam hospedados em uma pousada de São José da Barra e fecharam um passeio de barco em Capitólio. Sete corpos foram encontrados no dia do acidente. No domingo (9), os bombeiros resgataram mais três vítimas: um homem, que estava submerso, um adolescente de 14 anos e o pai dele, de 37.
Além dos oito já identificados pela Polícia Civil, há:
Piloto da lancha, 40, Betim (MG); Mulher, 43, de Cajamar (SP).
Operação de buscas
Segundo o Corpo de Bombeiros, 50 militares trabalharam na operação, entre membros da corporação e da Marinha do Brasil. Por volta das 20h15 deste domingo, a Polícia Informou que a atividade dos mergulhadores foi temporariamente suspensa “devido a condições de visibilidade e segurança”. As buscas foram retomadas nesta segunda-feira, a partir das 5h.
Quatro embarcações foram atingidas com o impacto da queda da rocha (direta e indiretamente):
- Lancha EDL: 14 pessoas foram resgatadas com vida;
- Lancha Jesus: todos os dez ocupantes morreram;
- Lancha vermelha, sem identificação: 10 pessoas socorridas com vida;
- Nova Mãe: 9 pessoas socorridas com vida.
Feridos
Ao menos 30 vítimas foram atendidas em hospitais da região e liberadas, sendo 23 na Santa Casa de Capitólio, quatro na Santa Casa de São José da Barra, três na Santa Casa de Piumhi e uma na Santa Casa de Passos — uma mulher que teve a orelha dilacerada e foi atendida nesse hospital recebeu alta médica neste domingo.
Uma pessoa permanece hospitalizada, com quadro estável, em Passos. As autoridades estimam que de 70 a 100 pessoas estavam no local no momento da tragédia. Cerca de duas horas antes do desabamento da rocha, a Defesa Civil de Minas Gerais havia emitido um alerta para chuvas intensas na região com possibilidade de “cabeça d’água” — não se sabe se existe alguma norma que proíba a entrada de turistas nessa situação no local onde ocorreu o acidente.
Na tarde de sábado, a Marinha havia informado que investigaria por que os passeios foram mantidos mesmo após os alertas. Depois, emitiu comunicado dizendo que “o ordenamento do espaço aquaviário onde ocorreu o acidente está sob a jurisdição da Prefeitura de Capitólio”.
Confira o vídeo gravado por visitantes em outra lancha: