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InícioCulturaCarneirinho e Wanildo Rosa serão condecorados com o Troféu Açorianidade 2022

Carneirinho e Wanildo Rosa serão condecorados com o Troféu Açorianidade 2022

“Enquanto Carneirinho tem grande influência na manutenção das histórias sobre a Festa do Divino, Seu Wanildo cravou sua história na pesca artesanal e lapidando lanchas baleeiras”

O Núcleo de Estudos Açorianos da Universidade Federal de Santa Catarina (NEA) acaba de confirmar que o jornalista e historiador, Vilmar Carneiro, e o construtor naval artesanal, Wanildo Rosa, serão condecorados com o Troféu Açorianidade 2022. Carneirinho, como é conhecido receberá o Troféu Açorianidade Ilha Graciosa (Pesquisador e Historiador) e Wanildo o Troféu Açorianidade Ilha do Pico (Mestre dos Saberes e Fazeres).

“Terminada a votação e apuração. De 22 votos habilitados e possíveis, Penha pode comemorar dois troféus. Com 10 votos cada um, Vilmar Carneiro e Wanildo Rosa foram contemplados e irão receber seu troféu”, celebrou o superintendente da Fundação Municipal de Cultura Picucho dos Santos, Eduardo Bajara. Eles receberão o prêmio no dia 25 de agosto, na cidade de Sombrio (SC), cidade sede do 28° AÇOR 2022, em solenidade de Lançamento da Festa.

O Troféu Açorianidade 2022 é dado pelo Núcleo de Estudos Açorianos da Universidade Federal de Santa Catarina (NEA) a pessoas que atuam em prol da manutenção da cultura açoriana em Santa Catarina. “Enquanto Carneirinho tem grande influência na manutenção das histórias sobre a Festa do Divino, Seu Wanildo cravou sua história na pesca artesanal e lapidando lanchas baleeiras”, acrescenta Bajara.

O NEA entrega, ao todo, dez troféus – com seus nomes fazendo menção as nove ilhas do Arquipélago Açoriano. A Ilha de Santa Catarina empresta o nome ao décimo troféu. “Essas novas conquistas reforçam nossa importância dentro do cenário nacional açoriano, denota que somos um celeiro cultural. Um celeiro que preserva suas raízes e o Troféu Açorianidade reconhece isso”, finaliza Bajara.

Renato Amorim, popular mosaicista e musicista, ganhou o Troféu Ilha das Flores, em 2021. Em 2019, Penha ganhou o Troféu Ilha Graciosa com o escritor Cláudio Bersi de Souza e o Troféu Ilha Terceira com os Foliões do Divino. Já em 2015, a professora e pesquisadora de Penha, Maria do Carmo Ramos Krieger, também foi agraciada com o Troféu Ilha Graciosa.

VILMAR CARNEIRO
Mais conhecido por Carneirinho, é nascido em Joinville, em 21 outubro de 1057, mas penhense desde o primeiro ano de vida. Filho do pescador Evilásio Adriano, natural de Penha e da professora Ivone Nympha Maia Adriano, natural de Joinville, Carneiro desde sua infância vivenciou a cultura de base Luso/Açoriana no município e região.

Integrante do Grupo Folclórico de Boi de Mamão “Antônio João dos Santos” contribuiu no resgate do folguedo na região. Com a esposa, Maria da Graça Duarte Adriano, ajudou na formação do Grupo de Boi de Mamão Mirim, do Colégio Manoel Henrique de Assis.

Por anos estudou e pesquisou a Festa do Divino Espírito Santo, da Paróquia Nossa Senhora da Penha, que mais tarde se tornou na sua primeira obra literária, intitulada “Divino Espírito Santo, O Império da Fé”, lançada em maio de 2006.

Incentivado pela professora da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), Rosa de Lourdes Vieira Silva, começou e resgatar contos da região, que mais tarde, redigidos se tornou sua segunda obra literária: “As Meias do Defunto e Mais Histórias do Mané da Dica”. O livro que reúne contos e crônicas baseados da cultura local, foi lançado em junho de 2019. O Mané da Dica, personagem criado pelo escritor, é um misto de um pescador aposentado, astuto e defensor de sua cultura.

Carneiro continua suas pesquisas com entrevistas principalmente com pessoas idosas do município e região com objetivo de lançar sua terceira obra. Também está catalogando e resgatando imagens fotográficas de cunho histórico. Recentemente, com apoio de uma empresa do ramo da construção civil, expôs mais de 50 fotos antigas, mostrando a caça à baleia, religiosidade, gastronomia, folguedos e costumes.

Exposição esta, que ficou à disposição do público, de dezembro do ano passado a março deste ano. Foram visitas da comunidade e turistas que passaram neste período em Penha.
Vilmar Carneiro é formado em Jornalismo pela Univali – Universidade do Vale de Itajaí.

Tem passagens profissionais por: Rede de Comunicação Eldorado (RCE/TV-Itajaí), Jornal de Santa Catarina (Agencia RBS/Notícias), Jornal A Notícia, Diário do Litoral (Diarinho), foi diretor de jornalismo da extinta Rádio Aquarela FM (Barra Velha) e, atualmente é sócio proprietário do Portal de Notícias: Carneiro News – www.carneironews.com.br.
Carneiro é membro da Academia de Letras de Santa Catarina, cadeira número 3, Seccional Penha.

WANILDO ROSA
Nascido em Penha, em 14 de julho de 1955, é casado com a penhense Izabel, desde 1977, com quem tem 2 filhos: Rodrigo e Roberto. Filho do pescador natural de Penha desde sua infância, vivenciou a cultura de base Luso/Açoriana no município e região, tornando-se pescador profissional aos 13 anos de idade.

Integrante de uma comunidade pesqueira e com grandes Mestres construtores de lanchas baleeiras, Wanildo logo cedo metia a mão na massa, ajudando a construir e reformar as embarcações em Armação do Itapocoróy.

Por anos trabalhou na pesca embarcada e nas suas vindas para casa, sempre havia
uma ou muitas embarcações para consertar na praia. “Sou do tempo que usava-se goiabeira e caçaranha pra fazer as cavernas das lanchas”, afirma Mestre Wanildo. Ele diz que perdeu a conta do número de lanchas baleeiras que construiu ou consertou, mas afirma: “Ah, passa de 500”!Hoje aposentado, Mestre Wanildo não quer mais construir ou consertar lanchas, mas o ofício está no sangue, e muito forte! Ele dedica seu tempo integralmente à confecção de réplicas de lanchas baleeiras, com tamanho aproximado de 1 metro, pouco mais ou menos.

Orgulha-se de ter uma destas réplicas na sala do Governador de Santa Catarina, presente ofertado pelo Prefeito de Penha ao Chefe de Estado Catarinense. Suas réplicas são construídas minuciosamente com todos os detalhes de uma lancha original, cada peça, cada encaixe ou reprego é feito com muita dedicação e amor à arte da construção naval.

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