As gigantes dos oceanos já cortam o atlântico penhense em sua rota migratória anual. Baleias jubartes e francas podem ser avistadas entre os meses de junho a agosto em pontos que estão sendo especialmente lapidados para observação: nos mirantes da Ponta da Vigia, São Roque e Praia Vermelha. Para observações com embarcações, há normas de segurança que devem ser seguidas. A repórter Valéria Silva, do Canal Pexero Web, foi conferir a montagem dos mirantes e conversou com especialistas.
“Ano passado nós tivemos uma temporada recorde. Foram centenas de avistamentos e neste ano nós estamos estruturando esses pontos para fortalecer o turismo de experiência e o turismo de observação. Ainda não sabemos como a temporada será, mas acreditamos que será fantástica”, pontua o secretário de Turismo Cleber Neumann. Nos três pontos, decks para melhor observação estão em fase de implantação.
Os pesquisadores não conseguem precisar se a temporada será movimentada como a do ano passado – fato que também os surpreendeu em 2021. “Para facilitar, recomendamos que utilizem um binóculo, nada profissional, apesar para tornar a experiência ainda mais emocionante. Afinal, é um dos maiores seres do oceano e isso precisa ser deleitado”, acrescenta Cleber.
Enquanto as baleias-franca utilizam a costa de Santa Catarina para ter seus filhotes, as baleias-jubarte migram até o sul da Bahia para reprodução. Os avistamentos também podem ser feitos com embarcações, situação que, segundo o Instituto do Meio Ambiente de Penha (IMAP), requer a necessidade de respeito a normas específicos de zelo ambiental e segurança dos animais.
“O descumprimento destas normas é considerado crime ambiental. É crucial o respeito às normas para a segurança do animal”, frisa o superintendente do IMAP, Everaldo Lorival Francisco, detalhando a Portaria 24 de 2002, do Ibama. Ele determina que embarcações motorizadas, ou não, devem respeitar o distanciamento mínimo de 100 metros do animal e que as embarcações motorizadas devem permanecer com o motor em neutro.
“Também é proibido interromper o curso de natação do animal ou do seu grupo, assim como perseguir o animal durante sua passagem pela costa”, acrescenta Everaldo. O IMAP busca, com o Corpo de Bombeiros Militares de Santa Catarina ações de fiscalização costeira voltada na conscientização de embarcações e também buscando retirar possíveis redes irregulares da pesca amadora.
A temporada de maio a agosto também marca a passagem de outros visitantes: os pinguins-de-magalhães, lobos-marinhos, leões-marinhos, elefantes-marinhos. golfinhos-nariz-de-garrafa e aves marinhas oceânicas, como albatrozes e petréis. Alguns acabam parando nas praias. Nesses casos, as pessoas devem avisar imediatamente as equipes do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) pelo telefone 0800 642 3341. Informe a praia, o município e um ponto de referência da ocorrência. A ligação é gratuita e funciona diariamente das 8h30 às 17h30.
Confira a reportagem especial de Valéria Silva, com imagens de Milena Machado, para o Canal Pexero Web: